Realizado nos dias 11 e 12 de dezembro, em Brasília, o 8º Encontro Nacional da Indústria (ENAI) reuniu mais de 2,3 mil participantes. O evento contou com a presença de empresários e líderes da indústria de diversos setores, entre eles o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Pomerode – Simmmeb, Hans Bethe
Com o tema “O Brasil e os desafios da economia mundial”, o acontecimento foi composto por sete sessões temáticas, que abordaram assuntos como competitividade, educação, acordos internacionais, relações de trabalho, inovação, infraestrutura e tributação. De acordo com essas discussões, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) irá elaborar um total de 43 propostas que serão entregues aos candidatos à Presidência da República, em 2014.
O encontro contou também com a presença da presidente Dilma Rousseff e de vários ministros de Estado, entre eles Guido Mantega, da Fazenda, Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e Aloizio Mercadante, da Educação.
De acordo com Hans Bethe, o ENAI 2013 pode ser dividido em duas vertentes. “Uma aconteceu no grande auditório, onde se discutiram grandes temas, como a busca de competitividade e a abertura de novos mercados, além da inserção de novos produtos no mercado mundial. Mas, para alcançar estes propósitos, ficou muito claro aos participantes a necessidade urgente de serem vencidos desafios como a insegurança jurídica, que gera graves incertezas, afasta investimentos e freia o crescimento”, ressalta.
“Mais uma vez repetiu-se o coro das edições anteriores, nas quais já se clamava por modernização das relações trabalhistas, como, por exemplo, a falta de regulamentação da terceirização, dos intervalos intrajornada, etc. A relação patrão-trabalhador nos países mais avançados é regulamentada, é ajustada em Acordos Coletivos.
Outro assunto que curiosamente só agora veio à tona é o relacionado às controversas NR’s, principalmente a NR-12, que trata das normas de segurança no trabalho. Isto acontece três anos depois de sua assinatura, e depois de esgotados todos os prazos de adequação das empresas. Em nossa região, dezenas de empresas tiveram sua produção interrompida, foram autuadas e tiveram que realizar esforços financeiros imensos e não previstos, pressionados pela fiscalização do MT. Este fato mostra um pouco a dissintonia das federações e confederação com as bases industriais. Ficou clara, também, a necessidade da renovação do Reintegra, que devolve aos exportadores parte dos impostos pagos, para estimular as vendas externas do País”, completa.
“A outra vertente de discussões aconteceu na área de exposições, onde cada Federação Industrial possuía um stand que servia como ponto de encontro dos participantes de cada estado, e acabaram transformando este ambiente em grande fórum de troca de ideias, experiências e práticas de gestão sindical. Foi neste ambiente que estava instalado também o stand do PDA (Programa de Desenvolvimento Associativo), uma das mais importantes ferramentas disponibilizada pela CNI aos Sindicatos Patronais Industriais no sentido de motivar o seu constante desenvolvimento. E foi neste ambiente, que aconteceram três mesas redondas, cada qual com dois presidentes de regiões distintas, desenvolvendo o tema “Gestão sindical eficiente: como atrair e manter associados”. O Simmmeb foi um dos convidados pela CNI para participar de uma destas rodadas de discussão”, destaca.
