O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau foi criado no dia 15 de setembro de 1953, com a intenção de apoiar e defender os direitos e necessidades dos segmentos industriais que representa, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico local. Pautado pela cultura associativista trazida pelos imigrantes alemães, o Sindicato buscou desde sempre promover a união e o cultivo de objetivos comuns entre seus associados. O espírito empreendedor do industrial blumenauense e a capacidade sempre presente de avançar tecnologicamente foram diferenciais marcantes nesta trajetória que completa 60 anos.
A primeira iniciativa consistente no setor metalúrgico data de 1886, empreendida pelo imigrante Kurt Ernst Auerbach, que iniciou uma pequena fundição voltada à fabricação de peças para máquinas de cortar forragem, moinhos e madeiras, além de outros utensílios em ferro. O berço da industrialização na então colônia Blumenau foi o bairro denominado Altona, em homenagem a um bairro da cidade alemão de Hamburgo. Ali se concentraram as primeiras e mais importantes iniciativas industriais que deram origem ao processo de transformação da colônia em um local de pujança e produção que alçaram Blumenau aos altos índices de qualidade e projeção que ostenta até hoje no cenário nacional e internacional.
A virada para o Século XX consolidou definitivamente a revolução industrial , mas a indústria metalúrgica e mecânica ainda ocupava espaço pouco expressivo: das 40 indústrias instaladas na cidades, apenas duas eram consideradas como de Fundição e Metal.
Considerados os pioneiros da indústria metal-mecânica na região, os irmãos Hans e Fritz Lorenz fundaram a Companhia Lorenz em 1916. Em 1923, o engenheiro Paul Werner funda uma pequena oficina elétrica e em 1927, associado a Ernst Auerbach surge o embrião da Electro Aço Altona, fundada em 1933.
Quando completou seu primeiro centenário, em 1950, Blumenau já confirmava para o mundo a sua verdadeira vocação: a industrial. Nesta mesma década, o Brasil inaugurou uma nova fase de relacionamento entre os setores produtivo e administração. O crescimento deixou de ser espontâneo para tornar-se deliberado, com planejamento e incentivos do poder público.
Com a fundação da FIESC, em 1950, os sindicatos legalmente estabelecidos passaram a ter voz de comando na entidade. Era o impulso que faltava para que o empresariado local se organizasse. Criada como Associação Profissional das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau, depois de muitas reuniões e conversas, em 15 de setembro de 1953 foi lavrada a ata de fundação. Os primeiros diretores foram Júlio Horst Zadrozny (presidente), Kurt S.E. von Hertwig (secretário) e Guilherme Staedele (tesoureiro), representantes das Gaitas Hering.
Em novembro daquele mesmo ano, a associação obteve o registro oficial no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Em 1955, o Ministério publicou o reconhecimento sindical oficial do SIMMMEB. Assim que a carta chegou a Blumenau, Júlio Zadrozny convocou assembleia para eleger a nova diretoria, cumprindo as exigências legais.
Durante a década de 60 o segmento experimentou grande impulso, com o surgimento de diversas empresas. Já a década seguinte marcou uma nova fase para os sindicatos patronais da cidade: sob a liderança de Bernardo Wolfgang Werner e Hans Prayon (pelo SINTEX), criando a primeira intersindical de Blumenau. Os anos 80 foram tachados como ‘década perdida’ e o Brasil enfrentou aí a sua maior retração econômica. Já no início dos anos 90, o País passou a conviver com a massificação da mais globalizante das tecnologias, a internet. A tecnologia foi a tônica da década, modificando a relação de trabalho de milhares de operários. Os anos seguintes foram marcados pela profissionalização da gestão e pelo incentivo às práticas de colaboração, com a criação do grupo de Recursos Humanos reunindo empresas associadas ao Simmmeb.
Hoje, com sua base territorial formada pelos municípios de Blumenau e Pomerode, o Simmmeb conta com mais de 110 empresas em seu quadro associativo, que se destacam pela reconhecida qualidade de seus produtos e serviços, bem como o respeito ao ser humano e ao meio-ambiente no processo industrial. Do Grupo de RH, passaram a existir também os Grupos de Saúde e Segurança no Trabalho e o Grupo de TI. A participação em feiras e eventos, a realização de cursos e palestras, a criação da Semana da Indústria e do Jantar de Ideias, a implantação de projetos como o Indústria mais Forte e para a implementação do PPR pelas empresas, entre outras iniciativas, comprovam que a força do associativismo que deu origem ao Simmmeb está forte como nunca.
Presidentes:
1953 – 1968 : Júlio Horst Zadrozny
1968 – 1989 : Bernardo Wolfgang Werner
1989 – 1995 : Renato Werner
1995 - 1998 : Evando Hélcio Obenaus
1998 – 2011 : Alcântaro Corrêa
2011 – 2013 : Hans Bethe
Missão
Valorizar e fortalecer a categoria, mantendo-se como sua principal referência, promovendo a competitividade e inovação e contribuindo para articular e fomentar o desenvolvimento econômico e a maior atratividade das ocupações profissionais da categoria.
Visão
Sindicato reconhecido como primeira referência para a categoria, incentivador de vocações, indutor relevante do desenvolvimento regional.
Negócio
Representar, mobilizar e manter mobilizada a categoria, para integrar os associados, prestar serviços e orientar suas macroestratégicas.
Crença e valores
Bom senso, cumprimento de compromissos, prioridade para interesses da maioria, transparência e ética.
Gestão 2011/2013
Presidente: Hans H. Bethe
Vice-Presidente: Carlos Diether Prinz
Vice-Presidente: Cacídio Girardi
Vice-Presidente: Diogo Jung
Secretário: Adilson Baher
Tesoureiro: Arildo Marcos Bortoli
Conselheiros Fiscais: Edson Duwe, Flavio Busse, Irimar Texeira, Adelcio Panini.
(Fonte de informação: Livro ‘A Forja do Progresso’ publicado em 2003 pelo Simmmeb, em comemoração ao seu 50º aniversário. Organizado por Christina Baumgarten e Júlio César Martins)
