A 5ª Divisão de Exército apontou que as empresas de Santa Catarina e do Paraná faturam somente 38% dos R$ 165 milhões que as 73 unidades do Exército dos dois estados gastaram em 2014. Os demais 62% das licitações foram arrecadados por fornecedores de outros estados. Para reverter essa situação, o Exército apresentou projetos estratégicos que estão em desenvolvidos e que podem gerar oportunidades para a indústria catarinense.
As informações foram divulgadas no Painel Projetos Estratégicos Indutores da Transformação do Exército e Oportunidades para a Indústria, parceria entre o Comitê da Indústria de Defesa da FIESC com a 5ª Divisão de Exército, realizado em junho.
Entre as medidas estratégicas do Exército estão o desenvolvimento de mísseis tático e foguete guiado, que integra 60 indústrias e 8 mil empregos, com 80% de conteúdo nacional. A criação de sistemas modulares de defesa – armas, comunicação e controle – geram 2,3 mil empregos, nas 40 indústrias envolvidas.
O plano de defesa cibernética (centros tecnológicos, telemática e de tecnologia da informação e comunicação) envolve 25 empresas e inúmeros laboratórios e organizações de tecnologia. Mais de 50 indústrias participam do desenvolvimento de uma nova família de viaturas de blindagem, que terá 90% de conteúdo nacional.
Os centros de comando e controle, com ênfase em desastres naturais, envolvem 3,7 mil municípios e 20 agências. João Paulo Da Cás, coronel chefe da Seção de Relações Institucionais do Escritório de Projetos do Exército, disse que a intenção é fortalecer a base industrial de defesa. O presidente da FIESC, Glauco José Côrte salientou que Santa Catarina tem ampla capacidade para estabelecer parcerias. “São mais de 50 mil indústrias que geram mais de 800 mil empregos. O Estado tem uma economia diversificada e descentralizada, que proporciona um equilíbrio que outros estados nem sempre têm”, ressaltou ele.
(Fonte: Assessoria de Imprensa | FIESC )