No último dia 23 de julho, o Simmmeb realizou a palestra “Vencendo a Crise na Indústria”, com o consultor Lício Melo.  Entre os assuntos debatidos estavam o cenário industrial para 2016, demissões e estratégias para tentar driblar a crise.

A palestra, que foi aberta ao público para que os participantes pudessem expor suas questões, abordou a atual crise pela qual o país passa e o que se aprendeu com as crises passadas, o que os setores que ainda não estão sofrendo com a crise então fazendo para se preparar para quando ela chegar, além de estratégias e alternativas para tentar driblar a crise.

Uma das dicas dadas pelo consultor foi explorar as manufaturas em outros mercados, para que a empresa consiga ter competitividade dentro do mercado nacional. Lício falou sobre o que se espera do comprador industrial no momento de crise. Ele explica que existem dois tipos de compradores industriais, o profissional, que está preparado para passar por necessidades especificas e o comprador estratégico. “Analisando o perfil do comprador é que nós vamos poder atender as expectativas dele”, diz.

Outro assunto debatido pelo consultor foram as demissões que estão ocorrendo pelo País. Segundo ele, quando a empresa opta por remanejar pessoal é porque já esgotou todas as alternativas. Lício diz que a questão de redução de custos depende muito da situação de cada empresa, mas que é necessário saber onde fazer cortes. “Quando se trata de cargos estratégicos ou de altos escalões, é sempre mais complicado, porque caso haja uma retomada do mercado, refazer a colocação desse pessoal é sempre mais dificultoso”, explica.

A respeito do cenário industrial para 2016 as notícias não são animadoras. O consultor relata que o time de previsibilidade mudou. “Eu conseguia fazer planejamentos comerciais para até um ano, atualmente não consigo fazer planejamentos com mais de 45 dias”, conta.

Essa falta de previsibilidade se dá porque os índices estão mudando de forma muito rápida, o câmbio que é uma importante ferramenta das grandes negociações é uma prova disso. “Eu não prevejo melhoras antes de 2018. Nós só estamos sentido um pouquinho, o poço ainda é muito fundo”, enfatiza.

A saída é buscar alternativas.